domingo, 30 de dezembro de 2012

165

E eis que pego-me mais uma vez em devaneios -maldita mania- banais. Temo as consequências de pensar de uma maneira irreverente, diferente, igualmente...  Talvez precise apenas de um cigarro.. um R U M, Mas não! Pego-me desbravando lugares irreconhecíveis que POR DEUS! nunca arrotearia por mim mesma.
Mas há esse algo que me encoraja a seguir.. CONTINUE, tola!  'Continue, tola', ela diz.
Mas mioleira que sou, desisto. Ora, quantas oportunidades perdi devido a tal desistência? Não sei, talvez nunca chegue a saber, mas já não me importa mais! Quem sabe umas pabulagens a mais possam esconder o fato de eu ser tão pertinaz?  Por ora, deleito-me com pensamentos familiares! Pássaros fugazes... a vida!

sábado, 29 de dezembro de 2012

164

Dói quando percebemos o que somos. Machuca muito quando percebemos quão substituíveis somos. E quão fácil/simples mostra-se tal substituição. Arrume um cachorro, um novo hobby, compre um livro, um bom livro -King, talvez- e pare de fingir que se importa. Todos nós temos esse "dom" de substituir o que não é necessário, ou aquilo que nos é necessário demais. Você não é mais importante que um rato de estimação. Um pouco mais... ou pouco menos.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

163

Estamos todos conectados por alguma coisa invisível. Frágil em sua estrutura porém infinita em seu potencial. Todos temos nossos medos, nossas crenças, convicções, dogmas... Você não poderia ser você sem isso, tampouco eu seria eu. E desse modo, conectados, frágeis, alvos em potencial, vamos seguindo. Talvez porque não sabemos como agir de outro modo, por medo, ou somente por ignorância, não importa. Enquanto estivermos conectados, enquanto ainda necessitarmos do Outro, poderemos seguir em frente. Mas quando (se isso for possível) essa conexão romper-se, aí estará o perigo. É aí que não saberemos mais quem somos. Tragédia? Terror? Ou apenas mais uma prosa mal terminada?

162

Que grande ano para nós! Inúmeras tempestades -literais e figurativas- enfrentamos, a maioria delas não juntos, porém as que confiamo-nos reciprocamente foram as melhores. Testes, provas -algumas de fogo- alegrias, rompimentos, ou quase rs', entre outras coisas, foi o que vivenciamos, e mal posso esperar pelo dia 13. Caro amigo, senhor 'Você-Sabe-De-Quem-Estou-Falando', obrigada por desabafar comigo quando estava sozinho e por permitir-me fazer o mesmo. Por ora é isso, só isso... Ou talvez, TUDO isso.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

161

Bem, você se foi e eu fiquei... Sofri por quase um ano, lhe amaldiçoei, desejei suas lágrimas, quis desesperadamente que se arrependesse etc e tal. Mas não fiz a única coisa que deveria ter feito: agradecer. Deveria ter-lhe agradecido pelo tempo maravilhoso que vivemos antes da partida. As noites não dormidas contando as horas pra lhe ver, lhe ter.. As ligações e mensagens fora de hora, mas de alguma maneira, sempre esperadas. Sinto-me na obrigação de lhe dizer que por tudo isso sou grata. Os momentos bons superam as crises e é uma pena perceber isso quando já é tarde demais.

160

É preciso aprender a abrir mão das pessoas. É imprescindível que saibamos que elas, assim como os sentimentos, não são eternas, e que por mais que possamos pensar o contrário, isso não é real. Alguém sempre irá embora no final e nos pegaremos sonhando, morrendo em pesadelos... querendo, precisando de redenção. Mas qual é!? São 7 bilhões as pessoas no mundo e você não está imune a elas!

domingo, 23 de dezembro de 2012

159

Há  pessoas que servem para mostrar que algumas pessoas são boas. O pai preocupado, a criança contente, o amigo presente. São esses os seres que devemos amar. Aqueles que não mentem para nos confortar, mas acabam conosco com a verdade nua e crua e o melhor que tem a oferecer depois disso é um abraço. Não precisamos vê-los todos os dias, ou amá-los a todo momento, isso seria utópico, mas simplesmente desejá-los por perto quando estão longe, e querê-los longe quando estão perto demais. Vale a pena... Pessoas assim valem a pena. E isso basta, sem decepções!

sábado, 22 de dezembro de 2012

158


Por você encomendei sorrisos. Encomendei momentos para que eu pudesse guardar seus beijos. Encomendei memórias pra que eu pudesse lembrar a cada dia mais de seus olhos; de seu cheiro. Reconstruí meus sentidos pra que eu pudesse me queimar em teu fogo. Que o calor das horas e horas juntos – tão rápidas de modo que mal podemos perceber passarem – queime e grave em nossos corações, eternamente o sabor de nossas paixões.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

157

Pobre cão abandonado. Vaga às noites faminto, sedento por atenção. Lhe lançam um pedaço de alimento, e ele agarra como se fosse muito, como se fosse o mundo; tenta fingir não saber que amanhã não haverá se quer abrigo, quanto menos com o que saciar e esconder sua dor. Deleita-se com um simples afago e um olhar de piedade e pena. Se recolhe sobre a noite fria e sob a imagem daquele olhar, o sabor daquele alimento; tenta encontra para si um sentido. Por quantas vezes não é assim que os homens se sentem quando sobre efeitos da paixão. Almejam o mundo, mas o pouco por vezes é tão satisfatório o quanto. Procuram uma utilidade para aquele sentimento. Alguns aproveitam-no como fonte de inspiração. Disfarçam com um sorriso, mas todos se recolhem sob a noite fria com a esperança do um momento completo de carinho e atenção; seguido pela frustração de vê-lo despedir-se.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

156

Não é como se eu estivesse desistindo. É só que às vezes não vale a pena tentar. Estamos fadados a tentativas e erros. Condenados a lágrimas que escorrem quentes à noite, tornando-nos cada vez mais frios. Cada vez mais distantes. Não querer isso.. não é como desistir. Sem pabulagens, sem decepções, sem medos.

155

Vá em frente! Lance-me tuas palavras indigestas, atinja-me com esse teu olhar nefasto e ofenda-me com pensamentos improfícuos. Estou pronta para a prova de fogo, mas isso não importa mais. Lembrar-me-ei de ti apenas em sonhos, e sei que acabarei morrendo neles de qualquer maneira.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

154


Sutilmente o som da vitrola na sala ao lado, entra em meu recinto e me penetra os ouvidos. Um blues antigo; ou um rock, não tenho certeza. Parece que as loiras já afetaram minha audição musical, meu espírito e toda a simplicidade da composição que outrora suscitara um prazer descomunal; já não são iguais. De repente acaba, e o som do silêncio parece dizer-me muito mais. Ouçam, estão dizendo. Esperem, querem sugerir alguma coisa.. Uma nova canção, talvez. Ao fundo, dá-se início a um novo som. O prazer é inevitável. A música toma uma papel muito mais importante; para além de minha própria vontade. Que som é esse, óh céus? Não posso esperar mais, isto vai me atormentar eternamente, há de ser o momento inoportuno para criar oportunidades, e lhes dizer: óh mundo, onde está o sabor que suas almas insistem em evitar, ilustre e profundo; sabor dos fantasmas mergulhados em sonhos que foram apagados pela ilusão do presente eterno; em um mundo desprovido de delicadeza espiritual.

sábado, 8 de dezembro de 2012

153

Não é de se espantar que um homem comum tema o estudioso das palavras. O papel do estrategista é muito parecido: ele analisa a situação, e determina os meios para vencer a guerra. Assim o fazem os homens comuns. Eles param, olham e temem o homem sábio. Em suma, procuram um caminho em que o contato seja o mais breve possível. A dor física, a violência. Exemplos comuns, de homens comuns correndo contra o tempo; e o medo de suas próprias limitações.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

152

O nosso sangue, de nada mais vale. Os traços biológicos são totalmente contingentes. Isso que há entre nós já está para muito além; para além até mesmo da convivência. O culto da razão autônoma, da liberdade de escolha; que sentido isso faz agora? No fundo eu sei que não nos escolhemos. Nossa existência é fruto de uma necessidade; como se a força supra-sensível do acaso tivesse organizado tudo para que nossa dependência fosse a mais perfeita. Pois, considerando nossa humanidade, se fossemos livres para nos escolhermos, nos enganaríamos por uma forma"não-complementar". Aliás, nossas escolhas só nos remetem a isso ultimamente.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

151

Todos os dramas, a aparente dicotomia,as mais diversas pabulagens... Frutos de uma relação intensa, ou apenas o querer de uma mente perturbada?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

150

Nem sempre teremos de volta o que fazemos aos outros. Vamos percebendo aos poucos quão improfícuos, substituíveis, passageiros e patéticos somos. E devemos simplesmente nos contentar com isso, se não quisermos apenas cair no ostracismo.

domingo, 18 de novembro de 2012

149

Realmente são inúteis as regras e os princípios que fingimos acreditar que existem para gerar um sentimento. Me inclino em acreditar que um único é verdadeiramente eficaz, e é exatamente aquele que insistimos em negar. Ridícula e banal. Uma regra que reza: considere todos os princípios e regras da humanidade, os seus em particular; e então negue-os, jogue-os fora. Continuamos planejando, idealizando, mas nossos sentimentos seguem contrários a tudo aquilo que por fim acreditamos!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

148

Sou uma má companhia, eu sei. Não precisa resmungar baixinho ou fingir que não é contigo; ao menos tenha coragem de saber quem é você e orientar-se aos que querem e o que querem! Quase plausível, a constituição disso tudo, julgas pouco e sempre se fode. Não digo para ter medo de mim, apenas fico ansioso pela resolução e conhecer o quociente dessa brincadeira.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

147

Perdi o controle. Sei que se realmente existir inferno, vou estar lá. Apenas não consigo deixar de desejar que o fim esteja próximo ou qualquer mudança (à qual não sei o ponto que estou disposto) para se acontecer. Imediatamente! Nada é mais indignador que pensar nisso, nada é mais vergonhoso do que a situação atual. Os cigarros e as lágrimas não me poupam, e nada será diferente amanhã. Agora preciso de ajuda. E é só no que posso insistir.

146

Somos tão substituíveis. Não importa o que fazemos, qual posição assumimos, as coisas nas quais acreditamos.. Nada disso é relevante quando os sentimentos acabam. Nada disso! Você nunca será especial... ou algo do tipo. Somos apenas pessoas amadas por alguém até não sermos mais. Isso vai se repetindo... Mas dói a cada vez.

145

Hoje não foi um dia bom, e cada atraso me lastimou outro palavrão. Era um mundo fora da razão ao que estava acostumado habitar; era só sujeira. O veneno, que por pouco me esquivei, não errará todas as vezes, nem tão pouco, estarei sóbrio o suficiente para não reagir. É só questão de tempo. Posso esperar, ansioso, o amanhã!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

144

Uma infinidade de espíritos me assombram os olhos. Quase sempre procurava me esconder; hoje tento lhes falar, descobrir o que querem. Cada qual fruto de um constrangimento do qual tentei fugir por tanto tempo, mas não adiantou. Espero que saibam o que estão fazendo. Por quantas vezes passamos horas conversando, mas nada sai: palavras, ilusões, mentiras. É quase como se eu nunca os tivesse visto, como se em meio a tantas coisas a falar, as palavras se recusassem a significar. Parece que estou emitindo sons aleatórios e sem sentido. Como uma orquestra de mortos-vivos, onde uma música sombria e sem melodia tenta seduzir-me, e elevar-me ao profundo e originário principio de minha inspiração. Talvez tenha descoberto suas intenções. Parece que sem eles, não haveria ilusão e nem sentido para nada disso que expusera desde meu esclarecimento. Sem eles, nada haveria, se não somente a conservação de tudo aquilo que fora determinado pelo meio. São eles, o cárcere que me matem livre de ser aquilo que o destino do mundo desenhou pra mim.

domingo, 11 de novembro de 2012

143

Está acabado. Este é o fim. Apenas uma questão de imbecilidades ou qualquer que seja o nome que queira dar a isto. Obtenho créditos, lastimosos, induzindo pouco mais que sorte ou sangue e já não quero expressar o que poderia estar dentro, estar por dentro de outra história mórbida. Queria me despedir e me indignar com o que fora trazido até aqui, sem dar chance de outra resposta, mesmo que sua inquietação fosse tão plausível que tocasse à fundo meus céticos sentimentos. Como se fosse possível ser cético e sentir! Como se houvesse outra chance para habitar o que estávamos a fio contando. Só queria lembrar-me que a ignorância e irresponsabilidade leva a isso; e que mal posso esperar para rir de outra piada. Quero lembrar que minto, e que me faço satisfeito por ver outrem feliz, mesmo não estando. Parei pra ver o que lhe inspira e no meio dos meus ataques de fúria, me restou pouco em lágrimas, já que o tempo havia secado o que me deixaram de presente. Gastei com tudo. Gastei o tempo que me restava e me indignava ver que nada era mais brando, nem as conquistas que me referia era suficiente para parar ou exterminar isso. É o enxerto que abdica o declínio do homem - se ainda posso considerar-me isso - e tal qual a razão faz-se toda minha, como uma presença ostentando uma saída qualquer. Um pulso de emergência na porta com a luz vermelha. Agora é tarde de mais pra voltar, e não posso esquecer de usar os palavrões que ouvi mais cedo, sobre os que ainda tenho posse e/ou desejo xingar enquanto escrevo isso, almoço ou nada faço. Nada diria ser fácil, muito menos que me adaptaria a qualquer coisa, nem mesmo que iria ser fiel a mim. Nem que iria ser sincero; nunca precisei disso. E sem, alguma, última esperança, tropeço entre os destroços do que restou dos meus móveis e suplico mais um dia, pois sei que amanhã não lembrar-me-ei de nada e ignorarei a quem quiser parar o tempo ou me ensinar que nada disso é certo. Apenas vou ter mais pesadelos e alguma medida sórdida do que era frio. Cambio.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

142

O som das palhetadas me penetra os ouvidos em mais uma tentativa falha de fuga dos devaneios da solidão temporária que me assombra mais uma madrugada. O som dos carros; as luzes dos faróis; a forte chuva que já não mais interfere a nossa vontade. Pensei que fossem duradouros, mas chegou o momento de lhes perturbar com mais um amanhecer. Uma fantasiosa esperança, a crença em um tempo que segue a vitória sobre uma estrela caída em nossos pensamentos. O maior dos males dentre as maldições trazidas por Pandora. Julgo ser esta a fuga que todos procuramos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

141

E isso não me faz mal. Pelo contrário: faz-me demasiadamente bem. Sinto-me extraordinariamente... confusa? Ora, a confusão necessária apenas para que eu possa dar sentido às ideias. Confunda-me, pois! Esclareça-me! E o deleite virá a seguir!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

140

Se estaria disposta a abrir mão de tudo, por você? Como dissera há pouco, não há contratos, apenas sentimentos. Ora, o que supera isso? O que seria capaz de quebrar o elo? Ciúmes? Doentio, diria... De maneira alguma! Superaremos juntos, pois, todas essas crises, uma vez que nossa união não resume-se apenas a assinaturas e dramas.

139

E sempre chega o momento do estopim. É hora de amaldiçoar, é hora de socos no estômago. De gritar, chorar, correr... Tentamos fugir, escapar dessa maldita dependência. Tão necessária, mas tão indesejada. Você não é especial, nem nunca será. É apenas um ser improfícuo, repleto de pabulagens brotando de todos os cantos, que rasteja pela Terra tentando desesperadamente fazer algo para eternizar-se, para importar-se. Pois bem: exploda-se!!! Faça-se notável. Tenho apenas uma pergunta: Ganharei algo, se fingir que me importo?

domingo, 4 de novembro de 2012

138

Eu te amo. Lhe disse ontem, digo hoje, penso nisso. Te amaldiçoo, recuso, invado. Te espero para me ouvir, e vens com mil frases; vem com mil dúvidas, vem sendo eu, vem pra deixar-me feliz. Apenas peço pra não esquecer quem somos e até onde propomos-nos a chegar. Ninguém fez promessas, é só sentimento. Ninguém pediu pra ser assim, e és livre para continuar sendo parte de mim.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

137

Estou passando por sérias dificuldades, mas ninguém jamais vê isso. Tenho passado horas pensando em como expressar coisas que nem mais entram em contato comigo. Chego ao ponto de inventar sentimentos, sofrimentos. Você ora pra que jamais mintam pra você. Você se empolga quando ele lhe traz algo novo. Espera que seja tão verdadeiro o quanto sonha; e a cada dia sua decepção é maior. E posso afirmar sem receio, sem temer represálias, que só o faz, que só teme que lhe enganem, pois nunca chegou ao ponto de engar-se a si mesmo. De criar fantasmagorias, insanidades, uma pseudo-realidade. Concorde comigo; é isso, ou enlouquecer.

136

Estava bem, por pouco tempo, e acreditava dominar alguma coisa. Acha que podia dominar meus sentindos e instintos, mas vago idiota, não era capaz. O melhor era se isolar, e esperar que o dia venha. E sem escolhas, fazer-me-ia outra história para contar na noite de terror. Pequenas sensações sem noção, sensação ou emoção; hora de manter-se fora!

domingo, 28 de outubro de 2012

135

Hoje resolvi abandonar todos os quadros que enfeitavam minhas paredes. Está na hora de mudar, de criar algo novo. Lá no fundo, me enjoei de como as coisas tem sido; optarei por novas pinturas. Espero não estar me equivocando; espero que esta nova fase me agrade também. Não, não pretendo abandonar tudo; quero as mesmas imagens, só que em cores mais significativas... vermelho, talvez.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

134

Continuo escrevendo aquilo e acolá; nas paredes, nuvens, quadros. Continuo rabiscando o pouco que aprendi. Palavras difíceis, palavras dualistas, palavras. Continuo aprendendo a escrever e nada pode deter, nem sequer precisa estar atento, apenas gosto disso. Apenas espero que eu leia daqui alguns anos e não me arrependa de ter perdido o tempo sem escrever. Continuo tentando entender o que me faz bem!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

133

Não faria todo sentido se estivesse no chão, nada há de me levar a tal ponto. Jogaria dados com as almas carentes de razão, e exporia toda minha satisfação em estar vivo, ainda que nada mais esteja. Seria capaz de elucidar o profundo e sombrio espirito criador de tamanha satisfação. Experimentar afecções de homens escravizados. Do sofrimento de jovens apaixonados. De mulheres que perderam a esperança. E mesmo assim permaneceria satisfeito em estar vivo. Em verdade, tudo isso eu sinto agora. Mas não me importo; nem eu mesmo tenho contato com tamanha decepção. Eu mesmo, e por mim, me mantenho em pé; minha vontade de provar da grandeza, do poder. Contemplar os prazeres de mãos dadas com a dor. Experimentar a vida no ínfimo de sua unidade com tudo aquilo que está aí, longe ou perto. Sofrer e saber que estou vivo; lutar e acreditar que algo melhor está por vir. Quero provar de tudo que é, por excelência, ruim; quero que a esperança me engane, que jogue fora toda realidade a minha volta, a qual já havia sido por mim percebida; inútil e degradante.. Por que nada além dessa terrível realidade me faria existir, de qualquer outra forma que pudesse fazê-lo..

132

Eu ouvia o barulho enquanto contava e tentava não perder a atenção ao que me parecia lúcido, e nada mostrava além de seus pequenos gestos. Eram irreconhecíveis, a tal que fazia-lhe de caça e arrogância. Era só um sorteio. Era só uma charada!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

131

Súbito, a vida vira de cabeça para baixo. Um turbilhão de emoções, mas só se alcança um... Sinto meu coração partido, quebrado, triturado, esmigalhado e servido aos porcos. Qual a sensação? De não ter nada/ninguém a quem se agarrar? A solidão adora companhia, e no momento sou vítima de seus caprichos. Redemoinho não chegaria perto do conflito interno que agora me aflige!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

130

Meus segredos eu desejo que seja apenas visto por mim, ainda que eu gosto de você, goste dele ou dela, mesmo que eu ostente essa cara de feliz, mesmo que me vista de histórias, mesmo que invente uma desculpa, mesmo que não tenha saída. É apenas algo que me faz ser um universo próprio, onde enquanto só eu sei, preciso manter-me vivo para continuar sabendo sozinho!

129

Eu digo que quero, que volto, que conservo, que lhe espero. Digo que te suporto. Escrevo canções, poemas, artigos, páginas à toa, apenas para olhar para o espelho. Aceito desculpas, ranhuras, qualquer verbo que você queira aplicar a mim. Programo meu tempo, meus casos, meus deleites, minhas injustiças. Planejo minha queda e meu palpitar de dentes. Mas o que eu gosto mesmo é de mentir.

128

E só quero correr, gritar, chorar... Mas aí algo me segura. Algo faz com que continue caminhando... Infinitas possibilidades que não tive coragem de tentar. Arrisco ou vou pro túmulo com vida não vivida correndo em minhas veias? De repente sinto a noite e todos meu pensamentos direcionam-se a morte, e eu vi o seu corpo ficando cada vez mais podre...

sábado, 20 de outubro de 2012

127

Escolhi. E estava situado. Ouvi os meus e tive que escolher. Não sobrava muito tempo nem tantas escolhas, era na base do terceiro excluído. Restava poucos pontos e as chaves já não me sustentavam tentativas, era apenas o passo de escolher. Rasurei algumas vezes e acabei por vencido. Não queria entender como estava acontecendo, apenas fiz-me parte de mim mesmo, parte de algo que não poderia entender se não estivesse em mim. Em parte que remendo e recordo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

126

Eu preciso aprender a ser gente. Preciso entender como a vida funciona e ter menos raiva do mundo. Preciso reclamar menos das generalizações e entender que o banalizar é inerente ao ser humano. Que o perdão não existe, é apenas parte de um pacote que faz a memória automaticamente esquecer e quanto mais doloroso for identificado pelo mesmo, mais deste será necessário saciar. Preciso entender que não é preciso brigar, e que manter-se para si também é feliz. E nada lembrar no dia seguinte, para reaprender a aprender.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

125

Era aquela a pessoa por que eu havia chorado. E agora o via na imaginação subindo no avião, indo embora para longe, assim como o vira, na realidade; naturalmente, não tardei a sentir-me novamente como se estivesse no Inferno. Durante o dia, nada mais fácil do que mostrar que não dá importância, mas, à noite, é diferente.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

124

E se minha suposta liberdade for mais que simples ilusão? Se pessoas fossem como pássaros, voando livremente; pairando sobre um mundo de possibilidades? Se escolhemos livremente as árvores onde iremos pousar? Se decidimos ao mesmo tempo fugir dos nossos males comuns, tal como elas juntas fogem do frio; e, da mesma forma, não há nada, se não um instinto comum que leva a todos juntos buscar um mesmo fim. E se este instinto é tão forte, duma natureza tão rígida e animal, que até esta suposta liberdade se curva a ela, e a nossa Vontade, tão essencial, se torna tão escrava, suprimindo nosso desejo de sermos livres, tão somente pra preservar nossa vaidade.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

123


E querem me convencer que o sofrimento torna as pessoas humildes. Pura bobagem. Quanto maior o sofrimento, maior é o egoísmo. Aquele que sofre não só se lamenta, mas se torna cada vez mais cego e egoísta em respeito a condição do outro. Toma as suas como as maiores dores do mundo. Não que pela dor não possamos amadurecer, mas dizer que sofrer necessariamente torna alguém melhor não é o caso. E quer saber, quase todos somos assim. E por 'quase', estou sendo demasiado otimista.

domingo, 30 de setembro de 2012

122

Como uma cadela que ao receber um pedaço de carne, a anseiará sempre, assim é a esperança: Dê um pouco a alguém e este quererá recebê-la de ti quando bem lhe convier.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

121

Será que algum dia voltarei a sentir aquele frio na barriga que sentia quando estava contigo? Será que novamente pularei de alegria ao receber uma mensagem como quando recebia as suas? Me pergunto se alguma vez voltarei a sorrir como sorria quando estava ao seu lado? Ou se pensarei em alguém como pensei e ainda penso em ti? Sei que não sou capaz de me entregar a outrem como me entreguei a ti, porque ainda lhe amo, e acho que continuarei amando.. rs'

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

120


Estou aqui, procurando algo que me ocupe. Algo tão fútil e inútil, que até mesmo pensar em mim pareça desinteressante. Que leve cada impulso desta forma material a se desligar, por poucos instantes que sejam. Que transforme esta forma pensante, tão desnecessária o quanto ela. Algo tão bobo, que ao tornar a esta consciência, nem o arrependimento seja peça fundamental para o nosso amadurecimento. Algo tão banal, que até mesmo os fantasmas mais insignificantes sejam capazes de me julgar como um tolo. Julgamento este mais justo não poderia ser. Afinal quem, se não um tolo, é capaz de buscar por algo assim?.. Este louco talvez.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

119

"É difícil aceitar que aquela pessoa, aquela mesma, que nos fez sofrer tanto, pode ainda abalar nosso mundo... 
Tudo estava bem, bastou conversarmos e meu mundo ficou de ponta cabeça! Não é correto nem ao menos racional, mas aconteceu. Acontece... Acontecerá sempre, talvez. E sigo lhe amando, brigando, tentando entender-lhe. Mesmo sabendo que nunca nos veremos novamente, ou ao menos nos falaremos mais uma vez! Tons de sussurros? Nunca mais!"

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

118

A conversa em tom de sussurros.. Há muito tempo não me sinto assim! A madrugada toda não foi tempo suficiente para dizer que passei tempo demais contigo.. sussurraremos pois, uma vez que somos livres.. E sim, como dissera há pouco.. Amando-lhe estou!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

117

Não importa quantas vezes você diga que sente minha falta, não importa que seja recíproco.. Somos de mundos diferentes agora, não posso evitar sentir o que sinto, e simplesmente me afastar.. Mas é o que os covardes fazem, e eu sou covarde! Não sei.. Nunca sei como agir, e agora estou sentada num quarto de hotel sentindo sua falta! Sentindo que sentes minha falta, e sentindo.. Apenas sentindo!

terça-feira, 31 de julho de 2012

116

Pensei que ficaria feliz em ouvir algumas palavras suas, mas chorei! Chorei porque não tenho certeza se elas são verdadeiras, e mesmo que sejam.. Quem garante que mudem alguma coisa? Quem me dirá que ficaremos juntos novamente um dia desses? Quem irá segurar minha mão no meio da madrugada e me dizer que tudo acabará bem? PABULAGENS? VERDADES? Não me importa mais.. Ou me importa demais!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

115

A vontade de fugir revela-se cada vez mais e mais constante em meus pensamentos..
E se..? Mas se..? SEM MAIS! Apenas fugir.. sem olhar para trás.. Deixar-te longe de mim, mas cada vez mais perto.. Sim, ambiguidade é um dos pontos fortes de minha personalidade..

sexta-feira, 20 de julho de 2012

114

Certa vez ouvi de um espírito, nem bom nem mal mas apenas um espírito sábio, que ser feliz é a meta de todo aquele que se apresenta como um ser nitidamente fraco e incompleto. Agora tomo consciência de nossa condição dolorosa. Percebi que todo homem é faltoso. Busca em algo completar a si, seja de sua mesma natureza, seja de um natureza distinta. Percebi que todo homem é fraco. Pois, ainda aqueles que possam ser mais fortes e superiores que aqueles que não o creem, ainda não há um que não sonhe com um mundo onde seja possível alcançar toda a paz e todos os prazeres e que possa chamar felicidade.

domingo, 15 de julho de 2012

113


Hoje eu resolvi repensar as coisas. Aquilo que passou, aquilo que passamos. Pela primeira vez desisti de procurar um culpado para tudo que aconteceu. Se realmente precisa haver um culpado não vou hesitar em dizer que fui eu, afinal, ninguém me obrigou a fazer nada do que fiz. Não estou aqui pra fazer um apanhado dos acontecimentos, mas precisei fazê-lo para perdoar a mim mesmo. Sou eu mesmo o culpado das dores que sinto. Fiz minhas escolhas e sofro de seus resultados. Eu aceito, eu me perdoo. Você aparece, Eu resisto um pouco, e lhe cedo novamente minha felicidade.. Com razão eu sou mesmo culpado.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

112

Hoje estava rindo. Sozinho. De mim, de você. De piadas velhas, de fragmentos e feitos. De sonhos e conselhos. Rindo das revoltas, das lamúrias. Aproveitando cada segundo ante os efeitos da morte. Fazendo-me feliz e brincando com meus versos bobos que carrego ainda, na qual peço todos os dias para esquecer; peço para lembrar; àqueles que não lembro de onde vieram. Estava com uma contente vertente. Tenho apenas a agradecer, o caminho está sendo tomado; ou me tomando, aos poucos!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

111

A vida se parece mais com um trem do que podemos imaginar. Quantas vezes passamos por algumas estações em que queremos permanecer, porém precisamos seguir em frente? Quantas vezes ficamos presos em uma estação onde o medo e a angústia são nossos companheiros, sem poder fazer nada para sairmos depressa? Temos que ficar num lugar onde nunca desejaríamos estar! Vemos o mundo como ele é passando em cada estação, mesmo se não quisermos, é a vida, devemos encará-la. Percorremos diversos caminhos sem nos darmos conta de que jamais dizemos uma palvra de carinho àqueles que estão no trem conosco. Pois não há tempo.. corre corre robotizado que a vida é! As estações pelas quais passamos são tantas que nem ao menos conseguimos nos lembrar, e nem sequer damos a atenção que deveríamos dar. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

110

Às vezes a vontade de fugir, deixar tudo para trás.. Deixar-lhe para trás.. É gigantesca! Lembro-me de que o Mundo é grande, e eu tão pequena! Todos ao meu redor são apenas.. Rostos distorcidos, expressões sem sentido.. Está tudo errado! Mas como fugir disso? Cmo assumir as responsabilidades que agora se revelam crueis..? Como? Se nem ao menos coisas simples consigo resolver?! Você está tão longe, mas sinto-lhe aqui.. Às vezes só quero fugir!

sábado, 30 de junho de 2012

109

Se você tivesse dito que não me ama.. "não como lhe amei ontem", as coisas seriam mais fáceis, já não teria mais esperanças, não "me seguraria a algo que não é meu". Apenas dizer isso pouparia tantas lágrimas, tanto desespero.. Se você não me amasse como eu sei que ama, não precisaria te esperar.. Não seria necessário dizer não a tantas pessoas e situações! Droga! Você diz que dói quando lembra de mim.. Que chora ao pensar em nós.. Mas eu queria muito que você apenas me odiasse!

108

Essa semana.. Aah, nossa última semana! Entrego-me a deleites, banalidades..  Simplesmente esquecendo-me de assuntos importantes. Porém, quando percebo o que faço, já é tarde demais!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

107

Por favor não me venha com dicotomias, hipocrisias, e pabulagens hoje.. Seja apenas você! Viva apenas por você! Não quero mais.. Não posso mais me prender a coisas que não tenho, coisas que aparentemente nunca mais terei! Não quero ficar presa em um "EU TE AMO" do século passado.. Apenas esqueça que tudo o que tivemos fora real! Esqueça e olhe para frente! Siga seu caminho, e deixe-me aqui, estática ao meu..

quinta-feira, 28 de junho de 2012

106

Muitas certeza hoje. Algumas felizes, outras não. Apenas certezas. Apenas incertezas maiores que não me quer longe, que não me quer junto. Que me quer. Que quer ser você. Que eu quero desejar outro sonho. Apenas que podemos nos ouvir e nos tocar. Undecilhão de perguntas e promessas que fiz a mim mesmo; e que fiz ao ler tudo aquilo. Ao entender que nada era tão simples quanto eu queria, nem tão chato como poderia imaginar. Apenas era você. Apenas era uma repetição sem rótulos. Eramos apenas nós.

105

Lembrei da nossa primeira manhã.. A primeira vez que dormi sonhando contigo e acordei ao seu lado. A primeira manhã que acordei amando! E na segunda manhã.. Acho que era "tarde demais para ser sozinha.."

104

Será sempre assim..? A fraqueza me consumindo, levando-me a cometer erros bobos, incabiveis, estúpidos.. ESTÚPIDA! "Vire a direita!" -A esquerda é o melhor caminho.. "Corra!" -Adoraria uma caminhada agora.. "Resista!" Sucumbo.. E assim será para sempre, ou pelo menos enquanto ainda te amar..

sexta-feira, 22 de junho de 2012

103

Você sabia que não teria futuro, então por que previlegiou seu presente? Um beijo? Uma noite? De repente somos apenas brinquedos brincando de se machucar? Quão repugnante tornastes no momento em que fingistes nada ter acontecido! Quão quebrada fiquei quando percebi que não passei de um algo que em breve iria se transformar em 'nada'.. Quantas histórias passaram pela minha cabeça ontem, enquanto abraçava nossas lembranças e chorava por ter te perdido! Inútil.. é o que esse momento de angústia significou para mim. E para você?

quinta-feira, 21 de junho de 2012

102

E se eu disser que eu realmente gosto de você? E se eu parar de pensar nas consequências? E se decidir isso apenas por mim e esquecer de pensar como você reagiria a isso tudo? São tantas perguntas e você nem sabe que é o meu motivo. Fiquei tão feliz por rever-te, mesmo que só durante meus sonhos. Acordei e não tinha você ainda comigo. Sei também que precisarei de um machado para correr atrás, sei que tem mais olhares voltados. Porém não me importo, nem sei mais se quero tanto você. Mas não posso negar que estou quase apaixonado, rs.

101

Sonhei com você hoje. Sonharei também amanhã, assim como o fiz ontem. Apesar de não entender, os momentos em que lhe encontro em sonhos, nos quais sempre morro, são os melhores e mais assustadores minutos da minha vida!

domingo, 17 de junho de 2012

100

Quando à noite deito no chão, e o Céu começo a encarar.. Cem estrelas vejo brilhar.. Mesmo assim,  ainda prefiro teu olhar..

99


Amo a ti, como amo o conhecimento. Amo-os por falta, porque não os tenho. Está vazio aqui, vazio de conhecimento, vazio de ti. Agora já não vejo razão que me leve a buscar os dois. À medida que um se distancia, o outro perde significado. Por que não tê-los a mesma maneira? Perco as possibilidades. Continuo construindo sonhos. Eis frente a mim o sofrimento, eis a vida.

sábado, 16 de junho de 2012

98


Desprezamos a mentira e amamos a arte. Como isto é possível? A arte imita a realidade. Quer se tornar real. Engana, ludibria o homem. Tal como a mentira faz. Ainda assim desprezamos a mentira. Porque insistimos em desnudar algo que pretende nos ajudar? Impedir que a dor da realidade nos aflija totalmente... Talvez porque amamos muito mais o sofrimento e a dor. Outro fato que insistimos em negar...

97

Me iludes tão bem com a beleza de vossos olhos, que já não consigo mais  enxergar a podridão de seu caráter...

96

Pequenas coisas da vida às quais não damos valor.. Às quais muitas vezes desprezamos, mas que agora, olhando para trás, nunca pareeram tão necessárias.. Pequenas coisas como um banho de mangueira com seus irmãos, como pular amarelinhas nas calçadas da vida.. Coisas a principios banais.. Mas o que eu daria para tê-las de volta!

95

Estou rindo e falando aquelas coisas bobas, ouvindo aquelas músicas que falam do seu próximo passo e de como é bom estar nesse momento. Eu, bem sei, que nada é real, que nada irá mesmo até um futuro; mas uma vez ou outra é bom estar perdido entre seus próprios desejos. Faz-me quase realizado perder essas horas olhando seu jeito, falando sobre nosso futuro; coletando especiarias em meio ao nosso próprio desconhecido. Seria menos hedonista da minha parte se tudo fosse real? Deixo a resposta no meu próximo entardecer contigo, mesmo que isso nunca aconteça!

94

Custo a entender porque toda vez que escuto aquela palavra ainda me dá um frio na barriga; essa semana mesmo foram duas vezes e o calafrio não ausentou-se. Foi quase incontestável. Eu sorri ao ouvir, perdi o foco por alguns minutos e coloquei músicas que poderiam me fazer ficar melhor. Ainda estava sorridente por alguns dias, mesmo após saber das notícias. Não sabia mais dizer se eram apenas boas, mostravam-se mais ilusórias que qualquer outra traça. E elas continuavam a invadir minha ingênua noção, que pude construir a tantos anos atrás. Melhor não falar novamente. Ao menos não tão cedo.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

93

Não se desespere: uma hora chega. Uma hora vem, mesmo que insignificante, mesmo que dure pouco; um dia veremos que nada é deixa de ser cosmogônico, que podemos ser bizarros as vezes, que usamos demais os mesmos calçados, e passamos sempre pelas mesmas calçadas, não tem como fugir. A aceitação não é por minha ou sua parte, apenas acontece. Chega o cansaço e o fim. Chega disso.

92

Aquilo me fez fixar. Já era a terceira vez. Mas conto como a primeira, ou o primeiro dia do resto dos nossos dias, como dizem. Foi um sinal de que tudo era novo, de que algo mudaria. Se era em mim, se era em ti, tanto faz; mas estava disposto a ver a novidade. Já não aguento mais o que querem, o que negam querer, o que temem ou o que abstraem em dias. Parece tudo tão velho ainda. Onde você deve estar agora? No que está pensando? Aposto dois dedos de vodca que não é em mim, e isso me deixa feliz, pois eu posso gostar sozinho e isso fará-me também te esquecer sozinho.

terça-feira, 12 de junho de 2012

91


Outa vez me apaixono pelos fantasmas de minhas memórias. Tão boas são estas que quase por um momento me fazem lacrimejar. Num instante intimo onde se faz nítido o desejo de retorno àquele momento o qual me recordo. Em verdade, este pranto, eu o faço, com lágrimas ou sem. É no meu interior que isto se faz mais forte, mas mantenho expressões frias ou de felicidade, sem que sejam estas falsas ou verdadeiras.

90

E se eu disse que não acredito em nada disso? Se eu disser que música que ouvimos era parte de algo que não existe? Se eu apenas te usar mesmo você sabendo disso, ainda iria ficar com esse sorriso no rosto?! Ainda teria as mesmas palavras e expressões que jurava ontem? É, moleque, nada é tão complicado quanto você queria, nem tão simples quanto eu sempre imaginei! Apenas aconteceu e agora não sou eu quem vai chorar, lembra? Você sabia de tudo melhor que ninguém. Todos estava avisados inescrupulosamente! Outro beijo.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

89

Fiz pra você entender o que eu queria. Fiz pra tirar de mim o peso de não te ver feliz todos os dias. Farei quantas vezes fossem necessárias para voltar a olhar com o brilho que nos víamos. Queria mesmo era fugir de tudo, mas agora já fiz. Ou melhor. Vou fazer a cada dia só pra você enlouquecer junto comigo. Pois o que fora, não tem explicação. Nem mesmo uma treliça para dar meia volta, nem sair na avenida.

88

Tomei consciência de minha situação, quando percebi que tudo havia chegado ao fim, mas preferi acreditar na mentira, que viver a realidade. Hoje a creio [a mentira] como objeto sublime, a temo e respeito como minha rainha, a venero como a uma deusa. Corrói-me e destrói a medida que é revelada como tal. Mas é confortadora, é filha e mãe da minha felicidade. É minha razão e emoção. Meu delírio e minha lucidez. É meu alento, não percebes? Porque insistes em me tirar isso?

87


Outra vez me atormento com lembranças. Os meus momentos; os seus; os nossos. Tudo tão bom, tão surreal, tão perfeito. Agora não sei mais se são reais. Aparecem  como sonhos; se perdem como sonhos. Sonho acordado a todo o momento. Sonhos felizes que preenchem o meu sofrimento, mas tão vago quanto nossa história. E a nossa história? Ah... a nossa história.

domingo, 10 de junho de 2012

86

Essa garota.. A garota que vivia no mundo da Lua. Ah, incontáveis sonho essa garota sonhou. Muitas lágrimas chorou.. Mas o mundo da Lua.. Foi o melhor lugar onde essa garota morou!

85

Abri livros que há muito não eram lidos, encontrei lembranças que há muito não eram lembradas. E querem saber? Foi incrível!

84

De fato nada é o que parece.. Nossos sentimentos estão em um movimento contínuo. Demoramos tanto para nutrir um sentimento, e ele se revela falso no final.

83

Continuo me apaixonando por fotos, por minutos olhando algo que não será meu, por um sorriso roubado por uma piada boba que você fez-me encantadoramente. Continuo tentando entender se esses cinco segundos que me apaixono, aleatoriamente, poderiam durar mais que isso?! Ou mesmo que não mudar-se-iam mesmo que o tivesse em mim! Mesmo que o usasse para ser eu, para estar comigo. Mesmo que o definhasse. Continuo a tentar entender o que não conseguimos juntos. E falo em tantas versões.

82

E, como sempre, eu me iludi. Acreditei e insinuei que ia completar a tempo, que não poderia desistir, pois o resultado era promissor, e nem mesmo pra dar satisfações te liguei. Apenas virei as costas e me iludi que conseguiria esquecer; apenas te troquei por uma próxima chance. Me iludi que seria simples, e quase descomplicadamente, pude aventurar-me em outros penhascos. Preciso parar de ser infantil e começar a viver para o futuro, este indignável presente está me custando caro demais.

81


Eis que em fim encontro uma necessidade: a de esperar sempre de todos o pior. Sei que não aliviará em momento algum a decepção que é certa, mas é o que me libertará da necessidade de querer ser feliz. De querer te reencontrar e descobrir que tudo é como sempre foi. De negar que jamais existimos. E perceber que não somos mais... e perceber que foi culpa minha.

sábado, 9 de junho de 2012

80

Você mente pouco e mal; não vai conseguir fazer com que eu vá atrás de você. Uma foi o suficiente? Poderia lhe perguntar centenas de vezes e não ia conseguir me fazer acreditar em sua falsa verdade ou em sua falta de capacidade de querer entender o que aconteceu nos últimos dias. O objetivo é ignorar. Não sei se eu ou você, possivelmente um objetivo em comum na qual nos une. E, audaciosamente, ainda vamos nos ver vezes demais, para o conforto de nós mesmos. Eu ainda penso em tudo o que houve, e sou feliz por isso.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

79

Era apenas um sorriso. Amarelo. Preso a situação inconscientemente, quase uma gargalhada sem som. E os outros dormiam. Eu estava dominado por uma novidade - que já me havia esperado pelos avisos - que detinha todo o envolvimento necessário e doentio que se pedia. Queria resolver coisas e ao mesmo tempo pensar menos. Para de pensar. Parar de escrever. Parar de reclamar pois fumei o último cigarro do maço. Agora só sair correndo.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

78

Eu acreditei que nada iria acontecer para manter a ideia errada sobre a certa causalidade que estávamos por enfrentar. Não pude defender, não era meu objetivo. Somos tanto que não posso mentir, somos tanto que não preciso de um sorriso estampado, pois os tapas eram vistos por todos. Mas mantive-me até o último segundo, e a despedida não foi minimamente agradável, foi uma dispensa inescrupulosa; foi só um mínimo. E pude juntar-me aos demais e cuspir o que queria, para que os demais não passassem por aquilo, só com a intenção de zelar por você.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

77

Queria um dia acordar e perceber que estive 'comatosa' esse tempo todo. Que ninguém nunca me magoou, que meus amigos não partiram. Queria poder dizer que estou bem. Nada perdi. Porém a realidade não é e nunca será esta. C'EST LA VIE, afirmo! Apenas não ficarei presa nesse momento imperfeito. Hei de buscar ser feliz. Sorrir, mesmo quando já até esqueci o que é isso!

76

E EIS QUE A NOITE CHEGA NOVAMENTE.. E NOVAMENTE NOS DEVORA, DEVORA A ALMA DOS AMANTES.. MAS TUDO ACABA EM UM ÓTIMO ORGASMO!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

75

É como se eu tivesse escrito aquelas palavras na areia da praia que há muito visitamos.. A maré subiu.. As palavras estão se apagando.

terça-feira, 29 de maio de 2012

74

Há! Hoje te vi. Sorri como já não sorria há muito. Chorei mais verdadeiramente. Conversamos como nunca havíamos conversado. Caminhamos lado a lado, e foi tão bom! Então acordei...

domingo, 27 de maio de 2012

73

Ah.. Ainda penso em ti.. Custo a me livrar de tais devaneios! Benção? O contrário se encaixa? NÃO SEI! NÃO ME IMPORTA! Esses são os únicos momentos em que te sinto.. Não quero parar.. Não! Me recuso! Como apagar o ser metafísico que povoa meus sonhos e outrora fora real? Me recuso novamente a pensar nisso! Te odeio e te amo.. Te quero e te reprimo.. Penso em você, penso em te esquecer! Ambíguos.. Pensamentos ambíguos! Saia! Fique! Droga.. Por que não consigo me decidir!?

72

E eu ri ontem, hoje. E talvez amanhã. Tive delírios curtos, ínfimos. Pude observar mais atento ao ver você olhando para o olhar alheio, desejava apenas não estar lá, era vago demais. O que eu pude ver, era fingir me odiar e pensar quando poderíamos nos ver novamente. Neste momento só o barulho do teclado me incomoda, nada mais. Meu sarcasmo segura o sorriso do rosto. Vamos continuar no absurdo.

sábado, 26 de maio de 2012

71

Há algo em você que me impulsiona a te seguir. Meu amigo, amante e mentor. Há algo em seu olhar que faz o resto do mundo desaparecer quando me olha. Há algo em sua voz que me faz tremer quando susurra meu nome. Há algo em nós, em mim, aqui.. Que faz tudo valer a pena!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

70

Sei que você não está aqui, mas não consigo evitar olhar para a porta toda vez que alguém entra. NÃO É VOCÊ, eu sei.. Então por que meus olhos brilham de esperança? NÃO É VOCÊ, não poderia.. Mas por que ainda me decepciono cada vez que constato tal realidade? Por que ainda choro e te desejo aqui, mesmo sabendo que isso nunca acontecerá? Não mais.. Não mais!

69

É noite.. Todos os pensamentos criando vida.. Todas as idiotices querendo sair.. Mas não..  É noite, deixo minhas ideias soltas.. Junto-as.. Faço poesia (ou algo..) faço reflexões..

68

É noite, escuto apenas o silêncio e meu coração! Bate, bate, ate, ate, te, te.. Você! Noite.. O pior momento para estar desperta.. Tudo tão calmo, a não ser pelos lamentos de não te ter.. Os lamentos de estar longe.. Volte.. E faremos da noite um momento bom.. Volte e meu coração baterá por outro motivo.. Volte e me cure.. Porque no momento esse é o único jeito de me fazer feliz.. Volte, meu amor.. Volte! Aproveitemos a noite..

67

Isso é só de ida, não tem retorno, volta, não tem chances, sem pedidos, pare de reclamar. Você não sabe, não tem ideia do que está se passando, nem quero que venha tentar entender. Cada um que fique em seu lugar, e eu que fique pra lá, espero que não me encontre. Não estou nos melhores dias; talvez seja apenas físico. Se eu ficar por lá mesmo, lembre-se de esquecer de mim! Ainda tenho dúvidas, mas a vontade me coloca um pânico absurdo, e incontestavelmente vou tentar, mesmo se seja só pra rir sozinho no final, e esquecer que você um dia me conheceu.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

66

Posso sempre tentar.. Mas por mais que eu tente, você insiste em ficar! Fecho os olhos, aí está você.. Atormentando meus sonhos como a tempestade atormenta os galhos.. Que batem na janela me despertando.. De volta a você estou.. Por mais que eu tente você insiste em ficar.. Me provocar.. Me atomentar! Lembranças que deveriam ser apagadas.. Fecho os olhos novamente! Olá, você! Agora vá! Mas não é assim que funciona! Você insiste em ficar! Enquanto não aprender a viver com isso.. Você me machucará.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

65

Eu lembrei de você hoje. E dei uma gargalhada invejável. Eu te desejei a morte, a solidão, a penúria. Eu queria que você fosse para longe de mim, cada vez mais. Que mudasse de estado, de país, que mudasse de planeta. Que pudesse ter uma manhã sombria, com chuva e raios que lhe deixassem assustado, e que você me ligasse e eu, como sempre, te buscaria e acalentaria em meus braços; enquanto eu te desejo espero que você exploda!

64

 Como explicar as coisas que estão acontecendo? Não quero ouvir o que dizem. Não quero aceitar que você se foi. Está tudo errado. As coisas parecem estar ao contrário, e estou no meio desse turbulhão de emoções. Choro, sorrio, me desespero, choro novamente, pois sei que você não estará aqui para me salvar. Triste constatação.

63

Cansada de sofrer fui ao parque, não notei nada de anormal. As copas das árvores, inundadas de Sol eram testemunhas imóveis do jogo incansável de andorinhas e gaviões, cujos trinados afogaram por vezes o zumbido de libélulas e o sibilo de cigarras escondidas.
A súbita paz que me inundava foi dando lugar a uma mistura de nostalgia e melancolia, ao perceber que não passo de uma inditosa e contraditória mortal. Ao perceber que tudo que tivemos não passara de um joguinho para ver quem se quebra primeiro.
E quer saber? Quem perdeu fui eu! Como sempre.

62

Quantas promessas eu fiz. Quantas ouvi. Eram fatos e empunhavam outras cores mortas. Não tinha um raio de sol naquele dia, nem mesmo um abraço ou uma voz quente para sair fumaça em meio a neblina na manhã. Não havia ninguém ali. Estava envolto as minhas dúvidas. Dúvidas que eu nem tinha, que criei por você. Que criei acreditando na última vez que nos vimos; que eu o vi e você nem sabia que eu existia. Eu ouvi algumas frases, eu li demais. Estou desistindo! Pretendo deixar você nunca mais ver-me. Isso é tudo.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

61

Tenho tanta coisa pra falar, tanta coisa pra contar, pra gritar, tantos. O que está acontecendo parece o fim, é um circulo imaginário envolto a nós mesmos. A curar de uma incessante procura de problemas caímos em contradição e acabamos por reclamar de algo novamente. Hoje eu posso dizer que as dores são boas, foram tantos dias essa semana, foram tantas histórias, rolou até uma lágrima. Seria perfeito demais se todos soubessem, pois eu não iria enlouquecer sozinho. E teria o enorme prazer de gargalharmos todos juntos amanhã.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

60

Hoje eu sorri mais de uma hora, foi esplendido, até deu vontade de não parar mais, mas todo carnaval tem seu fim. Ouvi problemas e pensei em soluções, só pensei, não é meu objetivo resolver nada, nada mais é parte do meu show, poucos sabem. Ninguém mais quer entender o que acontece dentro? Ninguém mais sabe ler entrelinhas? E tudo mudou e eu ainda sorrio. Suplico novamente que recomece, nada está perdido; nada pode-se responder por si mesmo. Tudo é mais profundo que o generalizado desta questão.

terça-feira, 10 de abril de 2012

59

E os desejos foram adiados? Oi?! Quem é você mesmo? Eu ouvi mais cedo que teríamos fatos, casos, acasos. Ouvi que íamos comprar tudo, comer doces, viajar num ônibus velho, cair de um penhasco para entender o que éramos pela última vez. E agora, quem sou? Eu já não lembro das promessas, cortes ou do papel que escrevemos isso tudo, nem da última gota que caiu da chuva, em nosso banho da última semana. São só cinzas, que eu lembro enquanto termino meus cigarros. Os últimos cigarros.

terça-feira, 3 de abril de 2012

58

E hoje eu sorri e chorei. Eu xinguei, levei uns tapas. Alguns murros e um pouco de esperança. Bebi a tarde, engoli bobagem, sodomizei. Hoje eu percebi o quanto podia ser idiota, e o quanto feliz ainda consigo fazer os outros, os mesmos, os novos, os que ainda nem existem, os que não querem mais ser felizes. E hoje foi apenas mais um dia, que vamos divertir-nos daqui a alguns anos mais do que hoje; preparamos tudo para isso, basta acontecer o próximo passo. E sem socos no estomago, rs.

57

E me peguei possessivo. De uma forma avassaladora, de borboletas soltas, de felicidade segura, de segurança desordenada. Eu só sabia dizer que quero mais um pouco de você comigo, mais uma noite, mais um sorriso. Mais uma palavra me chamando de qualquer coisa, um palavrão. Quero poder te dar um abraço de dois dias, te levar comigo nos meus próximos sonhos e pra minha cama. Agora é só esperar esquentar a água para o café da manhã, pois só sei dizer que lhe quero.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

56

E eu estou tão iludido. Sei que nada pode dar certo, sei que nada pode acontecer. Mas está tão bom acreditar nessa ilusão. Nessas. Dá-me uma sensação de loucura, de ambição, de posse; algo que pertence a todos, não só a mim. É viver o sonho em dois, em doze, em todos. É sentir o coração pulsar abruptamente. Sair-me-ei gritando mais tarde; a melhor ou pior parte, é que agora só eu ouço e nada pode acontecer!

terça-feira, 27 de março de 2012

55

Uma conversa diferente estou propiciando ou sendo propiciado, estou com dúvidas sobre; porém ainda está com um ligeiro mistério alternado e outra iniciativa banal. Digo-lhes banal por conta de poucos entenderem para que isso tudo serve, nem sei se eu ou você poderia saber mais sobre. Era uma voz rouca, surda, densa. Como se soasse só o silencio. Como se eu escutasse pouco menos que minha própria voz, como se eu não falasse mais nada. Apenas quero te ouvir novamente.

segunda-feira, 26 de março de 2012

54

E eu sorri de uma maneira abrupta. Parecia criança, era bobo, estável. Ainda quereria saber mais sobre você, mais sobre minha vida, minha sina, meus tratados, nossos projetos. E estava quente demais, molhado. Tinha pouco mais do que necessitada, opções além das que eu exigia. Tinha outra carta na manga, ou outra manga da época. Tinha sorte e ilusão. Tinha pouco tempo restante.

53

Eu poderia escrever tanta coisa, para tantas pessoas, para uma imensidão de idéias mas hoje não é o momento. Estou fazendo-o enrolar por cada segundo próximo. Estou idealizando fatos e acasos no mesmo rio estreito, onde eu lhe conheço com mais transparência e posso assumir que te odeio mais que amo. Estou tomando pequenas decisões - poderia chamar também de lentas decisões - de um futuro que ainda não decidi. Nem sei porque ainda teimo em querer saber mais sobre você. Você não é muito mais que sete, ou menos que treze. Vocês são todos iguais.

quinta-feira, 22 de março de 2012

52

E no ouvido tocou outra melodia como uma corda nova ou desafinada, uma função desigual de idéias desmascaradas, demasiadas, involucras, impacientes, obstinadas. Não era mais fácil, era apenas decisão. Era outro quarto, menos vazio, com menos pedras, com menos sorrisos, com mais som. O que ganha? Muito! O que perde? Muito! As opções são sempre as mesmas, o que negligencio agora é pouco demais. Quero apenas cumprir o combinado, nada além.

51

E torce-se para ser melhor que ontem. Ou não. Ontem foi de certa forma tão boa. Por mais que ainda possa demonstrar que nada estava no lugar, o conversar e o galgar - ao passar das horas - fez-me pensar em tantas possibilidades que do contrário não teria acontecido. Estou pirando ou querendo isso. Agora falta apenas esperar chegar as próximas horas para se entender, freneticamente, tudo o que se passa. E tudo pode acontecer!

50

E o que eu visualizava mais cedo passou. Não ajudou a mudar, surtou um pouquinho mais de raiva; mas como comentado, anteriormente, não se tem o que fazer. Vou dar alguns gritos e fumar meus últimos cigarros! É um misto que só vivendo ou ouvindo para sentir. Um gozo e cuspe numa só lenda urbana. O bocejar de outro dia se encerrando ou começando, confuso demais para este pensamento. Já comentou o dia de quinta, e eu ainda consigo ver um sorriso bobo, lembrando de tudo o que aconteceu hoje. Enquanto mais cedo eu mordia meus lábios enraivecidos, agora consigo gargalhar de quão idiota tudo pode ser. Apenas obrigado pelas companhias de hoje.

segunda-feira, 12 de março de 2012

49

As risadas surgiram de repente, numa questão de domingo desleixado, uma correlação inebriada, uma célula em um tempo diferente, tudo está caminhando, sinto falta de pouca coisa, aliás de poucas pessoas; e os que eu sinto, sabem disso, deixo claro que você sabe que eu queria te ver. Mesmo assim, o sorriso já pode se expressar e o divertimento, antes pouco provável de se acontecer, começa a ressurgir na sofreguidão. Hora de dormir!

sábado, 10 de março de 2012

48

Chegou aquele momento. O ponto final do parágrafo desses últimos meses. Sim, creio que desisti. Ainda não tenho certeza, apenas estou confuso. Estou vomitando esses acontecimentos desmembrados, essas tempestades de verão. Essa falta de veracidade ou própria ousadia que está em volta; essa arrogância da qual estou cuspindo estes últimos dias. Começo a odiar mais uma vez!

domingo, 4 de março de 2012

47

Nada aconteceu. Queria acreditar nisso! Não podia mais acreditar que isso tudo havia sido em vão. O sorrido emergido em meio a decepção era calunioso, uma hipocrisia estampada verticalmente no rosto, um pouco mais queimado pelas providencias do sol da tarde, vivendo uma performance unilateral. Gosto de ostentar, porém estou quase desistindo. Visto pouco, o calor ainda é grande, porém me incomoda menos do que os outros motivos, principalmente os que ainda não consegui ter contatos.

sábado, 3 de março de 2012

46

O dualismo que nos cerca está me confundido. Ontem ele mesmo me deu outra rasteira e fiquei de testa no chão. Caído quase por 30 segundos. E agora só sei dizer não. Não quero. Não posso ousar estar mais um dia esperando o que não vai acontecer. Esperando apenas chover e levar tudo o que não queria mais ouvir. Agora vejo passagens, vou habitar outro lugar. Espero, rs!

45

Estou aterrorizado. Ouvi um barulho lá fora, mesmo sabendo que era só um trovão, eu quis te apertar forte, poder te ligar e dizer que meu dia não foi bom pois eu ainda não tinha te visto; poder correr desenfreadamente para me lançar em seu colo. Nada eu podia fazer. O pouco que me sobrou são desculpas para esperar algo que eu nem sei bem como funciona. Algo que eu não suporto, apenas grito e bato os pés. Viajo entre meus versos e lágrimas, e não me importo mais onde eu estou. Sinto sua falta de uma maneira heterogenia.

44

Sim, e tudo aconteceu. E acabou. E eu ainda não sei como isso aconteceu, ou acabou. Isso apenas aconteceu. É repetitivo demais para conseguir compreender. Acho que não sou quem eu gostaria que fosse, ou desejei e não quis. Ou desdenhei o que queria. Ou não sabia de nada. Apesar de todos os barrancos, ainda esperei que um dia pudesse mudar, o álcool e pequenas doses de amizade me bastaram. Acho que eu não mereço estar contigo. O que eu queria era ter a sua segurança para entender o que pode acontecer, ou mesmo acreditar que eu não quero mais nada, mas estaria mentindo para nós dois. Os fatos e os fardos agora, mais que desconhecidos, são desconexos; pequenos exemplos do que não quero demonstrar entre os meus braços, ou na água com sal que escorre pelo meu rosto. E na calada da noite, o que consigo pronunciar é pouco mais do que seu nome, sozinho, envolto ao calor ensurdecedor e em sei se pode me ouvir.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

43

Experimentações. Posso provar daqui e acola, posso andar ainda mais que antes, posso tentar até a última respiração e ainda conseguiria viver mais feliz. Ou não. Parece que nada existe. A opção de encerrar já não é mais tão válida. Crápula, eu não quero mais te ouvir. Não quero mais sentir-te. Fuck!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

42

E no meio da noite, o sorriso pode mudar. A ideia incendiava, atormentava. Era meio quente, quase sem vento. Insuportável ficar em si mesmo; já era de se imaginar que tudo isso poderia acontecer depois do terceiro passo. O passo em que não é necessário explicar, apenas vivendo se entender. As propostas e os planos estão cuminando. O orgasmo estava marcado nos traços, no estalar dos dedos! Era a hora de escolher e desenvolver a próxima etapa da vida.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

41

Eu só vim aqui pra mentir.Pra falar o quanto eu não quero não querer mais te ouvir; pra desejar outra vez a intercessão surpresa. Fazer outra história ser contada, e atirar pelos cantos - medonhos e cheios de ranhuras - o que sobrou do meu sangue. Denso, quente, vermelho. Poucos traços que eu queria lhe mostrar.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

40

Não, eu não quero mais. Já tentei, agora o que me sobra é desistir. Não quero mais ouvir sua voz ou sentir o sabor de seus lábios. Não quero velejar mais por estes rios imensos, onde eu não consigo me afogar; sinto uma mão me segurando e dando broncas. Nem posso pular desta ponte. Nem posso arrancar minhas costelas. Não quero mais ouvir falar de você. Não quero mais me poluir, não quero mais te usar!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

39

Ás vezes nem sei se estou fazendo a coisa certa ou errada. Não gosto de viver "preso", detesto seguir regras, não gosto que me sufoquem, odeio rotina. Amo liberdade, amo a sensação de poder voar... Voar sem tirar os pés do chão, curto ser livre, gosto de inventar e de reinventar também, gosto de mudar quando canso da mesmice, amo fazer tudo o que penso mesmo sabendo que não posso fazer muitas coisas que gostaria. Só te peço uma coisa: Não leve essas palavras tão a sério, pois posso ser contraditório quando quero, inverter a ordem das frases, refazer tudo, apagar tudo, começar de novo, repetir ás vezes. Não pode? Então desculpa, acabei de começar tudo de novo... "Ás vezes nem sei se estou fazendo a coisa certa ou errada..."

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

38

Como o tempo está ficando cada vez mais relativo. Sim, quando você começou a ler estar frase pensou em dezenas de palavras possíveis. Dentre elas mais curto, mais longo, mais quente, mais frio, mais claro, mais cinza! Ele não tem nada de anormal. O nosso tempo já passou. Agora mais uma vez. E outra. Devo estar apenas o perdendo.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

37

No alto da ladeira, ela vinha sapeca, morena, doce, risonha; ela vinha tanto que não conseguia piscar. Era a princesa, a rainha, a plebéia, a ingênua, carinhosa; era demais para conseguir ser alguém. Ela não era. Era quase um nada. Não esboçava ranhuras ou rascunhos ou machucados. Ela era bailarina, professora, domadora, prostituta; ela é a felicidade!

domingo, 29 de janeiro de 2012

36

Escrever ou raciocinar o que escrever com essa mente confusa, torna-se um desafio que devemos superar. Porém, como superar algo que é inexistente, ou até mesmo elaborado apenas em nossa mente? Será que realmente há pessoas que encontraram respostas para essas questões na qual se passa por mim? Uma questão o tanto quanto curiosa, porém sem resposta.

35

Quando acordei me dei conta de que você não estava mais ao meu lado. Desci as escadas a sua procura, olhei pelos cômodos da casa e não a vi. Após quinze minutos, quando apanhei um copo d´água na geladeira, é que me dei conta de que tudo aquilo não passou de uma noite, um programa a dois, por uma noite apenas e nada mais. Ainda na esperança de te ver vagando pelos cômodos da casa, sentei, lí o jornal e esperei.

34

Olhei à janela, ao longe. Pouco vento, a mesma paisagem, uma vontade inescrupulosa; uma cachaça na mão e outro cigarro. É, ainda não consegui liberdade-me dele. Quase sussurava minhas palavras. Havia um cheiro doce, parecia laranja ou lavanda. Parecia de um café borbulhando. Pulei a janela, fui até o portão. Só não lembro se eu acordei.

sábado, 28 de janeiro de 2012

33

E deu início a um novo ciclo. Cheio de perspectivas e tomada de decisões. Sim, eu estou contigo; sinto sua respiração tocar o meu pescoço! E agora? Posso pensar apenas em continuar ou colocar em prática tudo o que passou-se horas discutindo com o mais interno. Externo então, é aprender a caminhar para o final e ser baseado apenas em poucas condições visionárias. O ardor ainda está pra vir. Volta!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

32

O ultimo dia e eu mal consigo respirar, tudo está equivocado! Há uma pele imunda, desfigurada embaixo do que ainda podem ver; uma loucura embrutecida, quase uma pedra de carvão, se podemos chama-la assim. Afoba-me tudo bater a cabeça, uma direção descontrolada: tudo pulsa!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

31

E uma hora ele lhe pega. Sim, não tem erro, é impossível resistir. E quando acontece, você só pensa em socar a parede e trocar uma mensagem! Depois ri. Ri desesperadamente, bobo, aleatório. Perturbador! De tanto o mal, não me lembro do que estava irritado. Talvez sejam suas palavras; ou a ligação mais tarde; ou o vento que começou a soprar. Porém o mal humor sempre volta!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

30

Depois de tantas histórias, estar tranquilo é um tanto confortável. Quase cômodo, mas um tapa nas costas realiza muitas incertezas. Uma mensagem. Uma resposta. Outra e além. Uma adaga apontada para a árvore, e algumas folhas caídas, todas próximas. Chega-se o sono, ele alerta, deixa insuportável a sensação de manter-se vivo. Mostra-se mais omisso do que queríamos, mostra-se cheio de dor e insistencia.

domingo, 22 de janeiro de 2012

29

E já tinha se tornado noite, mas havia um sorriso. Ainda havia papo e uma conversa agradável. Era uma visão diferente, mesmo noturna. Não saia no sol! Acalme o que está soltando suas lágrimas e tome outro gole, faça arder, faça com que fechem-se as feridas, mesmo que não as queira. Nunca fique a toa, a vida voa, é boa e aleatória. O que não quis realizar ontem, pode fazê-lo, indicutívelmente, continuar a mesma pessoa que não queria continuar sendo; mesmo que apenas para si próprio. Faça valer-te!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

28

O ano muda, as pessoas não. O destino apenas te apresenta uma nova situação, você pode apenas sorrir ou chorar, não tem outra saída. A estrutura mental que nos apresenta ronda uma insolida perspectiva de luz; um brilho colossal de saudade, que misturado ao sangue torna-se um desejo desmedido. O amanhecer está próximo, e tenho vontade de sorrir e chorar por estar nos meus braços. E meus pensamentos, estão cada vez mais próximos do que nos tornaremos no futuro, com poucos pontos e sorrisos.