quinta-feira, 29 de novembro de 2012

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O nosso sangue, de nada mais vale. Os traços biológicos são totalmente contingentes. Isso que há entre nós já está para muito além; para além até mesmo da convivência. O culto da razão autônoma, da liberdade de escolha; que sentido isso faz agora? No fundo eu sei que não nos escolhemos. Nossa existência é fruto de uma necessidade; como se a força supra-sensível do acaso tivesse organizado tudo para que nossa dependência fosse a mais perfeita. Pois, considerando nossa humanidade, se fossemos livres para nos escolhermos, nos enganaríamos por uma forma"não-complementar". Aliás, nossas escolhas só nos remetem a isso ultimamente.