domingo, 24 de fevereiro de 2013

179

A impossibilidade de ser real; a insistência no possível; a ilusão da fantasia; a coerência dos fatos, dos meus fatos; a inconstância da vida; os devaneios noturnos (diários); o querer! O bruto querer! O desejo de querer-te; o querer desejar-te; a bagunça da queda; o arranjo da cura; o ombro solidário. As lágrimas da alegria; o sorriso de contentamento; o tumulto, a confusão; A risada e a expressão; O eu.. o você! O nós momentâneo! O presente passageiro; a concretização da utopia; Minha U T O P I A ... minha realização; meus erros e acertos... e meus acertos errôneos também

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

178

Uma vez que amamos, corremos o risco de chorar, sofrer, nos render.. Mas ao longo desse processo, podemos -devemos- aproveitar. Nos entregar. Arriscar. Vamos maximizando as emoções para que no término, tenha valido alguma coisa. Para que o luto pós-rompimento seja breve, e substituído por lembranças.. boas, ruins. Apenas fragmentos que tragam o afeto inicial de volta. Para que não nos afundemos na angústia sufocante do presente passageiro que já se foi. E que assim seja. Até o próximo e o próximo. Maximizando também as lições. Pode viver com isso? Agarre-se pois as emoções!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

177

Estive revendo nossas fotos. Boas, ruins, fora de foco. Acho que me acostumei a passar as tardes de domingo ao seu lado [em sua presença]. Não. É muito mais que isso.  Tornou-se quase uma necessidade. Me lembrei então das vezes que duvidei de um sentimento. Lembro de você. Sim, você dizendo que me amava, e eu - de espírito pobre - sem poder dizer nada com completa certeza. Hoje sinto que nada me é tão claro; nítido; certo. Sinto isso quando a ausência me machuca. Quando me açoita o ciúme em dividir o que é nosso - nossos momentos. Quero mais horas ocioso. Perder minutos para ganhar grandes momentos.. Preciso me deitar e sentir a respiração, o calor. Quero mais fotos. Boas, ruins, fora de foco.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

176


Madrugada; acordei. Levei a mão pesada sobre a cadeira velha. Sentei-me. Encostei suavemente o rosto sobre a mesa desarrumada. Nenhuma dor, nenhum pranto. Só o som do silencio, a lembrança e a saudade. Ouço os primeiros pássaros – parece que a chuva passou e o dia começa. Penso mais um pouco. Me levanto. Os olhos vermelhos pela manhã condenam o sono que, aparentemente fora bom. Ouço o som do sol tocando as árvores e destruindo as gotas de orvalho no horizonte. Os raios se refletem nas janelas dos prédios e das casas fazendo o amanhecer ainda mais rápido; dinâmico. Chega de sonhar, chega de pensar... Chega de bastar a si mesmo. Está na hora que retomar as atividades.. O Utilitarismo não permite nada disso.