quarta-feira, 18 de abril de 2012

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Hoje eu sorri mais de uma hora, foi esplendido, até deu vontade de não parar mais, mas todo carnaval tem seu fim. Ouvi problemas e pensei em soluções, só pensei, não é meu objetivo resolver nada, nada mais é parte do meu show, poucos sabem. Ninguém mais quer entender o que acontece dentro? Ninguém mais sabe ler entrelinhas? E tudo mudou e eu ainda sorrio. Suplico novamente que recomece, nada está perdido; nada pode-se responder por si mesmo. Tudo é mais profundo que o generalizado desta questão.

terça-feira, 10 de abril de 2012

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E os desejos foram adiados? Oi?! Quem é você mesmo? Eu ouvi mais cedo que teríamos fatos, casos, acasos. Ouvi que íamos comprar tudo, comer doces, viajar num ônibus velho, cair de um penhasco para entender o que éramos pela última vez. E agora, quem sou? Eu já não lembro das promessas, cortes ou do papel que escrevemos isso tudo, nem da última gota que caiu da chuva, em nosso banho da última semana. São só cinzas, que eu lembro enquanto termino meus cigarros. Os últimos cigarros.

terça-feira, 3 de abril de 2012

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E hoje eu sorri e chorei. Eu xinguei, levei uns tapas. Alguns murros e um pouco de esperança. Bebi a tarde, engoli bobagem, sodomizei. Hoje eu percebi o quanto podia ser idiota, e o quanto feliz ainda consigo fazer os outros, os mesmos, os novos, os que ainda nem existem, os que não querem mais ser felizes. E hoje foi apenas mais um dia, que vamos divertir-nos daqui a alguns anos mais do que hoje; preparamos tudo para isso, basta acontecer o próximo passo. E sem socos no estomago, rs.

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E me peguei possessivo. De uma forma avassaladora, de borboletas soltas, de felicidade segura, de segurança desordenada. Eu só sabia dizer que quero mais um pouco de você comigo, mais uma noite, mais um sorriso. Mais uma palavra me chamando de qualquer coisa, um palavrão. Quero poder te dar um abraço de dois dias, te levar comigo nos meus próximos sonhos e pra minha cama. Agora é só esperar esquentar a água para o café da manhã, pois só sei dizer que lhe quero.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

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E eu estou tão iludido. Sei que nada pode dar certo, sei que nada pode acontecer. Mas está tão bom acreditar nessa ilusão. Nessas. Dá-me uma sensação de loucura, de ambição, de posse; algo que pertence a todos, não só a mim. É viver o sonho em dois, em doze, em todos. É sentir o coração pulsar abruptamente. Sair-me-ei gritando mais tarde; a melhor ou pior parte, é que agora só eu ouço e nada pode acontecer!