terça-feira, 27 de março de 2012

55

Uma conversa diferente estou propiciando ou sendo propiciado, estou com dúvidas sobre; porém ainda está com um ligeiro mistério alternado e outra iniciativa banal. Digo-lhes banal por conta de poucos entenderem para que isso tudo serve, nem sei se eu ou você poderia saber mais sobre. Era uma voz rouca, surda, densa. Como se soasse só o silencio. Como se eu escutasse pouco menos que minha própria voz, como se eu não falasse mais nada. Apenas quero te ouvir novamente.

segunda-feira, 26 de março de 2012

54

E eu sorri de uma maneira abrupta. Parecia criança, era bobo, estável. Ainda quereria saber mais sobre você, mais sobre minha vida, minha sina, meus tratados, nossos projetos. E estava quente demais, molhado. Tinha pouco mais do que necessitada, opções além das que eu exigia. Tinha outra carta na manga, ou outra manga da época. Tinha sorte e ilusão. Tinha pouco tempo restante.

53

Eu poderia escrever tanta coisa, para tantas pessoas, para uma imensidão de idéias mas hoje não é o momento. Estou fazendo-o enrolar por cada segundo próximo. Estou idealizando fatos e acasos no mesmo rio estreito, onde eu lhe conheço com mais transparência e posso assumir que te odeio mais que amo. Estou tomando pequenas decisões - poderia chamar também de lentas decisões - de um futuro que ainda não decidi. Nem sei porque ainda teimo em querer saber mais sobre você. Você não é muito mais que sete, ou menos que treze. Vocês são todos iguais.

quinta-feira, 22 de março de 2012

52

E no ouvido tocou outra melodia como uma corda nova ou desafinada, uma função desigual de idéias desmascaradas, demasiadas, involucras, impacientes, obstinadas. Não era mais fácil, era apenas decisão. Era outro quarto, menos vazio, com menos pedras, com menos sorrisos, com mais som. O que ganha? Muito! O que perde? Muito! As opções são sempre as mesmas, o que negligencio agora é pouco demais. Quero apenas cumprir o combinado, nada além.

51

E torce-se para ser melhor que ontem. Ou não. Ontem foi de certa forma tão boa. Por mais que ainda possa demonstrar que nada estava no lugar, o conversar e o galgar - ao passar das horas - fez-me pensar em tantas possibilidades que do contrário não teria acontecido. Estou pirando ou querendo isso. Agora falta apenas esperar chegar as próximas horas para se entender, freneticamente, tudo o que se passa. E tudo pode acontecer!

50

E o que eu visualizava mais cedo passou. Não ajudou a mudar, surtou um pouquinho mais de raiva; mas como comentado, anteriormente, não se tem o que fazer. Vou dar alguns gritos e fumar meus últimos cigarros! É um misto que só vivendo ou ouvindo para sentir. Um gozo e cuspe numa só lenda urbana. O bocejar de outro dia se encerrando ou começando, confuso demais para este pensamento. Já comentou o dia de quinta, e eu ainda consigo ver um sorriso bobo, lembrando de tudo o que aconteceu hoje. Enquanto mais cedo eu mordia meus lábios enraivecidos, agora consigo gargalhar de quão idiota tudo pode ser. Apenas obrigado pelas companhias de hoje.

segunda-feira, 12 de março de 2012

49

As risadas surgiram de repente, numa questão de domingo desleixado, uma correlação inebriada, uma célula em um tempo diferente, tudo está caminhando, sinto falta de pouca coisa, aliás de poucas pessoas; e os que eu sinto, sabem disso, deixo claro que você sabe que eu queria te ver. Mesmo assim, o sorriso já pode se expressar e o divertimento, antes pouco provável de se acontecer, começa a ressurgir na sofreguidão. Hora de dormir!

sábado, 10 de março de 2012

48

Chegou aquele momento. O ponto final do parágrafo desses últimos meses. Sim, creio que desisti. Ainda não tenho certeza, apenas estou confuso. Estou vomitando esses acontecimentos desmembrados, essas tempestades de verão. Essa falta de veracidade ou própria ousadia que está em volta; essa arrogância da qual estou cuspindo estes últimos dias. Começo a odiar mais uma vez!

domingo, 4 de março de 2012

47

Nada aconteceu. Queria acreditar nisso! Não podia mais acreditar que isso tudo havia sido em vão. O sorrido emergido em meio a decepção era calunioso, uma hipocrisia estampada verticalmente no rosto, um pouco mais queimado pelas providencias do sol da tarde, vivendo uma performance unilateral. Gosto de ostentar, porém estou quase desistindo. Visto pouco, o calor ainda é grande, porém me incomoda menos do que os outros motivos, principalmente os que ainda não consegui ter contatos.

sábado, 3 de março de 2012

46

O dualismo que nos cerca está me confundido. Ontem ele mesmo me deu outra rasteira e fiquei de testa no chão. Caído quase por 30 segundos. E agora só sei dizer não. Não quero. Não posso ousar estar mais um dia esperando o que não vai acontecer. Esperando apenas chover e levar tudo o que não queria mais ouvir. Agora vejo passagens, vou habitar outro lugar. Espero, rs!

45

Estou aterrorizado. Ouvi um barulho lá fora, mesmo sabendo que era só um trovão, eu quis te apertar forte, poder te ligar e dizer que meu dia não foi bom pois eu ainda não tinha te visto; poder correr desenfreadamente para me lançar em seu colo. Nada eu podia fazer. O pouco que me sobrou são desculpas para esperar algo que eu nem sei bem como funciona. Algo que eu não suporto, apenas grito e bato os pés. Viajo entre meus versos e lágrimas, e não me importo mais onde eu estou. Sinto sua falta de uma maneira heterogenia.

44

Sim, e tudo aconteceu. E acabou. E eu ainda não sei como isso aconteceu, ou acabou. Isso apenas aconteceu. É repetitivo demais para conseguir compreender. Acho que não sou quem eu gostaria que fosse, ou desejei e não quis. Ou desdenhei o que queria. Ou não sabia de nada. Apesar de todos os barrancos, ainda esperei que um dia pudesse mudar, o álcool e pequenas doses de amizade me bastaram. Acho que eu não mereço estar contigo. O que eu queria era ter a sua segurança para entender o que pode acontecer, ou mesmo acreditar que eu não quero mais nada, mas estaria mentindo para nós dois. Os fatos e os fardos agora, mais que desconhecidos, são desconexos; pequenos exemplos do que não quero demonstrar entre os meus braços, ou na água com sal que escorre pelo meu rosto. E na calada da noite, o que consigo pronunciar é pouco mais do que seu nome, sozinho, envolto ao calor ensurdecedor e em sei se pode me ouvir.