quinta-feira, 28 de abril de 2016

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O homem comum pergunta: eis aí o amor? O poeta: acaso há, entre estes dois - para que me sirva - alguma inspiração? Há o olhar pueril e inocente da criança que, descobrindo ainda o seu mundo, indaga: entre eles há grande amizade? Eu fico muitas vezes com o filósofo - aquele qualquer que olha para o ventre, para o corpo, e afirma: observa lá, meu caro, a beleza, o movento, a vida e a morte, tudo que confere sentido numa única imagem: todo movimento sincero no mundo é libido.