Madrugada;
acordei. Levei a mão pesada sobre a cadeira velha. Sentei-me. Encostei
suavemente o rosto sobre a mesa desarrumada. Nenhuma dor, nenhum pranto. Só o
som do silencio, a lembrança e a saudade. Ouço os primeiros pássaros – parece que
a chuva passou e o dia começa. Penso mais um pouco. Me levanto. Os olhos
vermelhos pela manhã condenam o sono que, aparentemente fora bom. Ouço o som do
sol tocando as árvores e destruindo as gotas de orvalho no horizonte. Os raios
se refletem nas janelas dos prédios e das casas fazendo o amanhecer ainda mais
rápido; dinâmico. Chega de sonhar, chega de pensar... Chega de bastar a si
mesmo. Está na hora que retomar as atividades.. O Utilitarismo não permite nada
disso.