terça-feira, 8 de janeiro de 2013

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Cansada de pensar, fui ao parque. As copas das árvores, inundadas de Sol, eram testemunhas imóveis do jogo de andorinhas e gaviões, que por lá voavam sem as preocupações que me afligem! Qual o sentido em estar aqui? O que me levou a admirar tanto os trinados que afogam os sibilos de libélulas escondidas? O que faz com que eu me sinta por vezes vazia, e em inúmeras outras ocasiões extasiada de completude? Na verdade, o que nos leva a tais questionamentos? Não acredito que seja uma natureza ou qualquer outra coisa que seja inerente ao Homem, mas há de se levar em consideração que talvez algo nos define! Ou somos nós quem o fazemos. Porém, não passo de uma inditosa e contraditória mortal cujo momento inexplicável de nostalgia fez-me escrever isso.